Economia, Moda

Mercado de luxo torna-se opção de investimento financeiro

A venda de itens de luxuosos permite ao consumidor a possibilidade de criar investimentos financeiros

O acesso ampliado ao consumo de luxo representa uma democratização do setor que vem se enquadrando aos graus de acessibilidades dos consumidores. Segundo a especialista no mercado de luxo, Carolina Boari, ter um produto de luxo vai além de símbolos, mas confere status, necessita de altos investimentos e pode se tornar, inclusive, uma opção de investimento econômico. “Além de objeto de desejo, luxo agora é investimento”, declara Carolina.

De acordo com pesquisa realizada pelo site Baghunter, especializado no comércio de bolsas de luxo, uma bolsa Chanel, modelo 2.55, a mais tradicional da marca, apresenta uma valorização maior do que um imóvel nos Estados Unidos. Lançada no ano de 1955, a bolsa Chanel, modelo 2.55, tamanho médio, era vendida por US$ 220. Segundo o site, em 1990, o mesmo produto custava US$ 1.150 e, no ano de 2016, o valor era de US$ 4.900. “Produtos desse segmento jamais apresentam quedas ou se depreciam. Dessa forma, o valor aquisitivo é sempre considerado alto aos demais”, afirma a especialista.

O aumento do preço da bolsa foi superior à taxa de inflação dos últimos cinquenta anos, em função da manutenção da qualidade do produto, obtenção de lucros mais altos e, também, de se preservar a exclusividade da marca. O estudo realizado pela Baghunter aponta que a aquisição de uma bolsa Chanel é um investimento financeiro com bom retorno em médio prazo, havendo revendedores que prometem pagar 80% do valor da venda com pagamento em até 72 horas.

Outra opção de investimento nesse segmento são as joias, que apresentam como principal vantagem a não desvalorização com o tempo. “O valor das joias não se modifica em função da inflação ou de variações do mercado econômico e a prática de aluguel de joias está em crescimento”, informa Carolina.

A Chopard, prestigiada e conceituada marca suíça de joias e relógios, produziu o relógio Carat, adornado com 874 diamantes de 201 quilates, feito artesanalmente, o valor é de US$ 25 milhões. “Muito mais do que um relógio, trata-se de uma obra de arte, um investimento para gerações”, considera a especialista Carolina. O estilista italiano Stefano Ricci criou uma gravata que também pode ser considerada uma joia, cravejada de diamantes, com o preço de US$30.000.

Opção de investimento inusitado do setor luxuoso

O bar localizado na loja de departamento de luxo, Harvey Nichols, localizada em Manchester, Inglaterra, oferece um coquetel que substitui a popular azeitona por anéis de ouro ou até mesmo de diamantes. “O coquetel com anel de diamantes custa em torno de US$ 55.000 (a taça) sendo levado até a mesa do cliente por seguranças”, conta Carolina Boari.

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